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Cicas!
As cicas revoluta são plantas muito antigas, chamadas de pré-históricas, por terem exemplares machos e fêmeas separados (dioica)
A cica macho possui um cone cilíndrico alongado, cheio de pólen, e é muito visitado pelas abelhas
A cica macho, que temos nosso quintal, há dezassete anos (lembro-me da sua chegada, porque foi plantada, pelo meu filho, pouco antes do nascimento da sua filha mais velha)
Não sei que idade já teria, são plantas de crescimento muito lento, crescem cerca de 3 cm por ano
Suponho que já teria 10 ou mais anos, mas só há dois anos revelou o seu género, mostrando um bonito cone, certamente querendo impressionar alguma companheira que, infelizmente não existe, por perto
Este ano voltou a presentear-nos com o seu, bonito, segundo cone, como que a perguntar-nos por que razão, nestes dois anos, ainda, não lhe arranjámos uma companheira, dizendo-me que não aceitava desculpas, porque já sabíamos que ela era macho
Tentei desculpar-me, dizendo-lhe que não é fácil, porque com a minha bonita idade, só vi um casal, juntas, lado a lado, num jardim particular, cujos donos me ofereceram umas sementes, que germinaram, mas ainda não mostraram de que género são
As fêmeas produzem no seu miolo dezenas ou centenas de sementes. A fecundação, via sementes, é muito difícil, em geral, obtêm-se novos exemplares por brotações junto à planta mãe.
( da internete)
José Silva Costa
Aniversário
Há dezasseis anos que o charco acolhe o meu blog Cheia
Tem sido uma casa muito acolhedora, com gente muito empenhada
Muito solidária, capaz de ajudar quem tenha perdido o pé e esteja desanimado
Tem sido uma grande escola, onde tanto tenho aprendido
Só todos sabemos tudo!
Concretizam-se sonhos, publicam-se livros
Uns compram-se, outros são oferecidos
São muitos anos, tantas amizades e vidas partilhadas
É imaginar tantas feições, sem saber se correspondem à realidade
Mas como não há rosas sem espinhos, a dúvida mói mais que a certeza
Quando deixam de comparecer ao convívio, sem justificação
Ficamos com o enorme aperto no coração
Fica a pergunta sem resposta
O que terá acontecido?
E, há quem não consiga suportar essa dúvida e tudo faça para saber o que aconteceu
Mas, também, há quem não o queira revelar, só temos de respeitar, a vontade de cada um
O meu primeiro blogue tem uma bonita idade
Está um adolescente irreverente
Em que o clima está, cada vez, mais quente
E, os jovens temem o futuro, que têm pela frente
Os adultos, que são quem toma medidas para o futuro
Estão muito confortáveis nos seus casulos, sem quererem ar puro
Os jovens ainda não estão condicionados ao peso das decisões
Não imaginam quanto poderá ser duro, mudar
Para eles é fácil vir para a rua gritar, o rabo mostrar
E quem é que os faz do telemóvel, do computador, do carro abdicar?
É que não há como mudar, sem alguma coisa alterar!
Sempre houve e haverá choques entre gerações
Em que os filhos não concordam com os pais
Mas quando têm filhos, muitas vezes, dão razão aos pais
Em breve, não precisaremos de ter carro, chamá-lo-emos pelo telefone, virá ter connosco, levar-nos- á, para o nossos destino, ficará aí parado até que o voltem a chamar
Com essa radical alteração, muito a nossa carteira e o ambiente vão beneficiar
També teremos melhores e mais eficientes transportes públicos
Só espero que todas essas grandes alterações, ainda, cheguem a tempo do nosso planeta continuar com condições de habitabilidade.
José Silva Costa
Rosas de Maio
Maio, mês das mais bonitas rosas
Rosas de maio as mais belas flores
Há rosas de todas as cores
Elegantes e delicadas flores cheirosas
Uma prenda para todos os amores
São bonitas para pôr às janelas
Quem passa, não passa sem olhar para elas
Fica encantado com o perfume delas
São rosas, são rosas, senhores
São de todas as flores, as mais belas
Maio cheiroso, maio de bonitas rosas
As rosas em maio são joias
Que se oferecem a todas as mulheres
Todas as mulheres são bonitas rosas
Que em maio ficam, ainda, mais bonitas
Enfeitadas com bonitas e perfumadas rosas
Todas as mulheres são encantadoras rosas.
José Silva Costa
Queima das fitas
No fim-de-semana passada Lisboa encheu-se de cor, para as festas da queima das fitas
Um mar de gente encheu a cidade, vinda de diferentes localidades do País
Ontem, à tarde, fomos assistir à festa da queima das fitas, do nosso neto, na Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa, onde se licenciou em Tecnologias de Informação
Ali vai continuar por mais dois anos, para fazer o Mestrado
Familiares e amigos, emocionados, aplaudiram a conquista do diploma, pelos seus rebentos
Alunos, pais e avós encheram de alegria e cor, um espaço, onde durante o ano não se veem cabelos de tantas cores.
José Silva Costa
Planície Dourada
Alentejo de longos horizontes
Salpicado de papoilas vermelhas
De planícies douradas, pelo sol, queimadas
Searas onduladas de espigas inchadas, cheias de grãos de oiro
Um mar sem fim, debaixo de um sol sufocante
Campos floridos, onde espalhamos os sentidos
Meu querido Alentejo, que te perdi tão cedo
Num tempo em que havia muito medo
Quando alguns te apontavam o dedo
A fome fez-me deixar o teu chão sagrado
Para sempre fiquei desenraizado
Em Abril o cravo floriu, e a madrugada tudo mudou
Pudeste, finalmente, libertar-te e deixares de ser subjugado
Mas continuas, no tempo, parado
O mundo, contigo, está encantado
Que futuro te estará destinado?
Sem autoestradas, sem vias férreas, com o melhor aeroporto da País
Com um dos melhores portos da Europa
Tens tudo para que o progresso te traga luz
Quem tem medo de que sejas feliz?
Procuro, e o que o mundo me diz
Que um dia ainda vais ter tudo o que a tua gente sempre quis
Paz, pão, liberdade, trabalho, habitação, o Cante, como animação.
José Silva Costa, Lisboa - Portugal
A Coletânea “ERA UMA VEZ…ALENTEJO” é uma obra que inclui poemas, fotografias, ou obras artísticas originais cujo tema e foco principal seja o Alentejo, e está abrangida no projeto europeu “Antologias Digitais”. Tendo a cidade de Évora sido recentemente nomeada Capital Europeia da Cultura 2027, faz todo o sentido homenagear não só a cidade como também toda a beleza circundante e riqueza cultural da região, e observar as maneiras como estas inspiram as pessoas de vários pontos do globo.
Mais 3 blogueres com participações nesta Coletânea: https://cotoviaecompanhia.blogs.sap... - Mafalda Carmona
P J Cortes
https://aquemtejo.blogs.sapo.pt
https://apeadeirodamata.blogs.sapo.pt - Francisco Carita Mata, a quem agradeço a publicitação, nos seus blogs, da realização desta coletânea e o incentivo para que participasse .
Coletânea "ERA UMA VEZ...ALENTEJO"
Desilusão - uma das minhas 2 participações nesta Colectânea
Sol, sul, terra quente
Mescla de muita gente
Espigas douradas, semente
Planície, um doce ventre
Um povo resplandecente
Um pouco diferente
Quanto a calma consente
Num severo ambiente
De amplitudes térmicas
De muitas desigualdades
De grandes herdades
Onde gerações de trabalhadores
Nasceram e morreram
Sem nunca terem nada de seu
Foi o que aconteceu
Enquanto durou a ditadura, que morreu
Na manhã de Abril
Que deu alento a quem tinha uma vida vil
Promessas foram mil
Mas já se sabe o que são promessas
Resta-nos a Liberdade.
José Silva Costa, Lisboa - Portugal
IBAN
Trabalhador, cada um com o seu valor
Por que razão alguns têm tão pouco valor?
Aqueles que fazem o trabalho que poucos querem
Colher frutos nas estufas, debaixo de uns tórridos cinquenta graus centígrados
Os que constroem as casas, ao vento, à chuva e ao frio
Por um magro salário, que não dá para terem uma casa
Os trabalhos mais duros são os mais mal pagos, porquê?
Porque os doutores que fazem as leis não se lembram deles
Não fazem parte da sua roda de amigos
Quem não tem um curso universitário, não tem valor
Mesmo que saiba construir uma casa, um carro
Uma ponte, uma barragem, criar couves, batatas ou cenouras
Nada disso tem valor, para os senhores doutores
Que fazem as leis e governam o país
Que acham que os aumentos de pensões e ordenados
Com uma percentagem igual para todos é aceitável
Cavando, cada vez, mais desigualdades
Quem ganha 500€ terá um aumento de 17€
Quem ganha 2000 terá um aumento de 70€
Os preços no supermercado não são iguais para todos?
Enquanto não valorizarem todas as profissões, porque todas são necessárias
Não falem de igualdade, de valorização, de reconhecimento, de estima social
Não nos queiram enganar com palavras cor-de-rosa, que são migalhas para ganharem as eleições
Meia pensão para todos, com algumas exceções, tanto faz que tenha uma pensão de 50000€, ou de 500€ (leis socialistas,( faria se não fossem socialistas!)
1€ por dia, para uma minoria, e discriminação para quem não tiver um IBAN, que não receberá nada
Muitos países dentro de um país, muitos Governos, dentro de um Governo
A Ministra da Segurança Social e Emprego disse que quem não tivesse conta bancária podia indicar um IBAN de outra pessoa
Enquanto o Ministro das Finanças, que é mais quero, posso e mando, não aceita IBAN de terceiros, fazendo com que mais de 260 mil pessoas não tenham recebido os 125€ + 50€ por cada filho
Com todas estas manigâncias não admira que continuemos na cauda da Europa
Fomos os primeiros a ir a Bruxelas, de mão estendida, pedir o dinheiro do PRR
Já alguém viu alguma obra estruturante paga com esse dinheiro?
Podiam aproveitá-lo para equiparem o parque escolar para o futuro, com meios tecnológicos
Já é tempo de todos os alunos, de todos os graus de ensino, utilizarem os computadores e neles fazerem os testes
A mobilidade, a saúde e a justiça também poderiam ter beneficiado da chamada bazuca
Mas, a incompetência não o permitiu.
Já gastaram em projetos, pareceres e estudos para o TGV e Aeroporto mais do que custariam a construção das obras
José Silva Costa
Liberdade!
Naquela radiosa e inesquecível madrugada o mundo floriu
Os portugueses, finalmente, conquistaram a Liberdade e o seu império caiu
O Movimento das Forças Armadas pôs fim a uma guerra de 13 anos
E, a uma ditadura de quase meio-século, que tanto os povos molestou
Que custaram muitas vidas, muitos estropiados, muita miséria e dor a todos os povos envolvidos
Foi uma Revolução recebida com muita alegria e muito festejada em todo o lado
E não era caso para menos, foi um farol para a Liberdade e, para alguns povos, um passo para a dignidade
Um acontecimento à escala mundial, cuja bandeira é um cravo vermelho
Uma Senhora, vendedeira de flores, teve a feliz inspiração de colocar um cravo vermelho no tapa-chamas de uma G3, que um soldado empunhava
Pode dizer-se que foi como que um pedido para que não utilizassem as armas
E tinha tanta razão, já tínhamos utilizado as armas durante tempo demasiado!
Todos os minutos que consigamos viver, com armas caladas, são minutos de grandes vitórias
Os que precisam da força das armas para atacarem os outros, sãos os que não têm a força da razão
Não foi assim tão fácil, depois dos cravos e das rosas vieram os espinhos!
Foi um parto difícil, ao longo de mais de um ano, mas deu ao Mundo meia dúzia de novos países
Que, depois de cinco séculos de colonização conseguiram a libertação
Nunca mais assistiremos a um primeiro de Maio como o de 1974
Uma festa para todos, ainda não tinha chegado sectarismo dos Partidos
As ruas e as praças de Lisboa foram pequenas, para acolherem tanta gente
Havia uma alegria radiante estampada nas rugas da martirizada gente
Não deixem que este dia caia no esquecimento, porque isso seria uma grande injustiça para quem deu a vida para que tenhamos Liberdade
Muitas e muitos pagaram com a vida, por terem desafiado o ditador, que tinha como braço armado a PIDE, capaz de toda a violência e de todo o terror.
José Silva Costa
Não percam as ajudas do Governo! Agora já podem associar um IBAN aos vossos dados na Segurança Social, mesmo que não tenham conta bancária, conforme explicações da Senhora Ministra da Segurança social e Emprego.
Vejam aqui: https://www.rtp.pt/play/p11138/e686495/bom-dia-portugal/1143465
(ministra da segurança social fala : 00:00-7:50 minutos do vídeo)
Conselho meu, se não tiverem a quem pedir um IBAN, podem procurar, numa feira, comprar ou alugar um.
Montantes a pagamento: 125+50 porcada filho+90€, como vêem vale apena, e o prazo para se habilitarem a estas esmolas termina no fim do mês.
A linha
Minha primavera perfumada
O teu perfume, os meus olhos encanta
Na lonjura da grande estrada
Toda a beleza que a ladeia está cansada
De ver tanta gente tão apressada
Sem que tenha tempo para parar um segundo
Sentada na sua máquina voadora de prego a fundo
Conspurcando com gases e fumo toda a sua beleza
Sem cheirar nem olhar para a bonita Natureza
Nem na noite escura consegue esquecer tanta tristeza
Rasgaram-lhe as entranhas para construírem a autoestrada
Com a promessa de que os automobilistas lhe dedicariam uma grande paixão
Que diriam muito bem do seu perfumado chão
Que dava tão boas espigas douradas para fazer o saboroso pão
Agora, não consegue respirar, está coberta de alcatrão
Saem dos grandes centros populacionais para só pararem nas areias quentes
Como se o mar tivesse mais beleza que uma planície florida
Não têm tempo para apreciarem as melhores coisas da vida
Quem é que já apreciou um mar de espigas douradas, a ondularem ao vento e ao sol?
Como se fosse um grande mar de areia fina, onde o vento dorme e a perdiz aninha
Onde os filhotes ensina, como debulhar a dourada espiga, para uma vida digna
Com casa, pão, liberdade, sem stresse, nem pressa de chegar ao fim da linha
Soubéssemos nós, humanos, aprender com os pequenos seres, a viver
Sem ódios nem receios, que nos roubem o nosso quinhão, que nos comam o nosso pão
Seríamos muito mais felizes, viveríamos mais tranquilos, seríamos mais solidários
Não levamos nada, tudo deixaremos, nem mesmo a ilusão de que somos poderosos nos acompanhará.
José Silva Costa
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